O BLOG DO SANSÃO COELHO

    MARIA REGINA ROCHA  – GRANDE SENHORA DA LÍNGUA PORTUGUESA   No DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA uma reflexão.  Somos mais de 250 milhões de falantes. É a quarta língua mais falada no mundo. Especialistas consideram-na uma língua das novas tecnologias.   A propósito deste dia, e como já fiz em anos anteriores, sublinho a grande honra por termos, na nossa cidade, a DRª MARIA REGINA ROCHA, uma prestigiada especialista na Língua Portuguesa. É consultora do CIBERDÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA e uma autora emérita na área.  Reside em Coimbra e é professora nesta cidade. Tive, aliás, o subido privilégio de a ter tido como colega na ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO e verifiquei o quanto era considerada como docente pelos alunos. Também nos estúdios da RTP, em Coimbra, gravou conosco vários apontamentos para integrarem emissões nacionais dedicadas à Língua Portuguesa. Tenho um enorme respeito pelo trabalho que tem feito.  Retiro do site do CIBERDÚVIDAS in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa ,  https://ciber

    50 ANOS  DE TERTÚLIA DO FADO DE COIMBRA   Um belo apontamento no Facebook dá a conhecer uma boa parte dos 50 anos da prestigiada TERTÚLIA DO FADO DE COIMBRA embora “tudo começou em 1972”, segundo escreve o Professor JOSÉ CARLOS TEIXEIRA, um dos membros fundacionais. Conhece o viola EDUARDO AROSO. Passam a ter encontros regulares com o cantor VÍTOR NUNES para escutarem temas clássicos do fado coimbrão num gravador de fita. Juntou-se o saudoso cantor NUNO DE CARVALHO. Em 1973 regressa a Coimbra ÁLVARO AROSO e é constituído o “primeiro conjunto instrumental” da TERTÚLIA DO FADO DE COIMBRA. Seguem-se colaborações com o ORFEON e com a TUNA ACADÉMICA e no verão de 73 atuam nos Açores com os cantores CASTRO PITA e JOSÉ HORÁCIO MIRANDA. Uma digressão aos  States,  pouco antes da Revolução dos Cravos. Seguem-se “anos quentes” e a Tertúlia entre polémicas e incertezas sociais, entra na dinamização cultural e, sempre personalizada, defende este belo género musical e “assegura a ponte entre o

  GAIVOTAS E POMBOS:  UM PROBLEMA  DE  SAÚDE PÚBLICA   É difícil equacionar o nosso desejo de preservar certas espécies com a necessidade de mantermos níveis de higiene e saúde aceitáveis. Há algum tempo sugeri, numa associação da beira-mar e à qual estou ligado, que encetássemos uma campanha para reduzir o número de gaivotas e pombas que convivem conosco e causam problemas a vários níveis. Verifiquei que as minhas palavras foram escutadas com sobressalto e obtive uma resposta em tom aparentemente negativo, ou melhor, com alguma inquietação. Volto hoje ao tema, agora nestas colunas, após ter lido no  Diário de Coimbra  da última terça-feira, em oportuna reportagem de Andreia Gouveia, uma declaração de um médico pneumologista ( Dr. PEDRO RAMALHO ) relativa a esta temática e numa abordagem que considerou ser em CONTEXTO URBANO. O médico elencou algumas das doenças provocadas pelas aves referidas tais como “histoplasmose, ornitose e pneumonite de hipersensibilidade”. O pneumologista, cita

 BD QUE RECOMENDAMOS O CASO DA CUSTÓDIA ROUBADA – BANDA DESENHADA DE  CARLOS SÊCO   Coimbra tem um festival de BD (banda desenhada ou bedê) habitualmente com a curadoria de João Miguel Lameiras que em parceria com Bruno Caetano afirmaram, no Facebook, afastarem-se da edição deste ano, prevista para setembro, à qual o município parece pretender conferir uma formulação com conceitos que estes organizadores não concordam. O importante, no nosso ponto de vista, é termos os referidos “curadores” ativos pois muito têm dado à Banda Desenhada e, ao mesmo tempo, sugerir que não se perca a realização de um festival de BD em Coimbra. * Foi   lançado o livro O CASO DA CUSTÓDIA ROUBADA de autoria de CARLOS SÊCO, professor e desenhador, cartunista, caricaturista, humorista, um nome que convém fixar pelo prestígio que alcançou e porque vai, seguramente, ser um nome com obra a internacionalizar-se. Neste seu livro de banda desenhada além do protagonista encontramos a personagem professor FISÁL

  A TRADIÇÃO CONTINUA

  NA FIGUEIRA DA FOZ UMA ESTREIA SANJOANINA  EM QUENTE NOITE de SÃO JOÃO   ÊXITO DO NOVO RANCHO DAS CAMÉLIAS DE SÃO JOÃO DO VALE                   Estreou na última noite de São João, no típico Largo de São João do Vale, o NOVO RANCHO DAS CAMÉLIAS DE SÃO JOÃO DO VALE. Durante semanas, sob a orientação do ensaiador ANTÓNIO CRUZ, o novo Rancho foi ensaiando as coreografias e passos de dança na velhinha sede da DEZ DE AGOSTO que lhe dá todo o apoio. Foi maravilhoso assistir à estreia do RANCHO DAS CAMÉLIAS com a presença de figueirenses e de alguns turistas. O RANCHO exibiu um conjunto de modas recolhidas, de um modo geral, nos Arquivos da Filarmónica DEZ DE AGOSTO, sob a pesquisa sempre pródiga de Jacinto Camelo. Se o tema NOITE SERENA nos conduziu até terras de Coimbra e das margens no Baixo Mondego, já o VIRA DAS FREGUESIAS marcou fortemente a cidade da FIGUEIRA e as suas terras. Um tema que acabou por ser dançado na companhia de alguns dos espetadores foi a emblemática canção e dança

    ARRUFADAS DE COIMBRA               Assim como se dá no verão um mergulho rápido nas águas um pouco frias no mar da nossa costa atlântica vamos ser rápidos e incisivos em reflexões. O primeiro mergulho é a favor das ARRUFADAS DE COIMBRA. Há alguns dias entrei numa pastelaria de excelência da nossa cidade e pedi ARRUFADAS. “Não temos há muito! Só por encomenda”. Fiquei triste porque as ARRUFADAS DE COIMBRA são um emblema conimbricense com um sabor agradável. São modestas, diria até que são humildes e, de vez em quando, a darem um ar sofisticado quando lhes colocam uma gargantilha branca levemente adocicada à volta da coroa. Eram utilizadas como prenda de casamento e também foram vendidas, durante décadas, na velha, agora velhíssima e completamente fora de moda, estação dos comboios de COIMBRA-B, legitimamente considerada a …ESTAÇÃO VELHA, aliás devemos passar a chamar-lhe ESTAÇÃO VELHÍSSIMA DE COIMBRA-B.  As tricanas vendedoras de arrufadas colocavam-nas em cestas de vime forrad

  MAIS APOIOS (E URGENTES)  PARA QUEM TEM  EMPRÉSTIMOS PARA A HABITAÇÃO A maldita guerra.  A subida dos juros.  A inflação.  Tudo incomoda e perturba. Neste momento VIVEM-SE SITUAÇÕES DRAMÁTICAS COM O AUMENTO DOS JUROS NOS EMPRÉSTIMOS À HABITAÇÃO. Para além de algumas ínfimas medidas do Governo anunciadas, são necessárias mais. Muitas mais.  Eficazes.  Urge tomar medidas eficazes e rápidas, para evitar dramas.

  PRECISAMOS DE BAIXA DE “PREÇOS” Tem sido arrepiante observar a subida nos preços de vários produtos e serviços e em concreto em produtos alimentares. Provavelmente muitas destas subidas não se justificam.  Ainda bem que, pelo menos, veio o IVA ZERO em produtos de primeira necessidade.  Nos média há reportagens frequentes relatando aumentos de preços. Seria mais importante e pedagógico darem exemplos de PREÇOS QUE NÃO SOBEM. Também podiam sensibilizar para a necessidade de os preços não subirem e, já agora, sugerirem, inclusive, a BAIXA DE PREÇOS. Essa é que é a MATÉRIA PARA NOTÍCIA: DAR CONTA DA BAIXA DE PREÇOS ou divulgar locais onde os PREÇOS NÃO SOBEM.  Os portugueses deviam tomar medidas, apelos e comportamentos para lutarem por uma ESTABILIZAÇÃO IMEDIATA OU ATÉ PARA UMA BAIXA DE PREÇOS. Há quem admita estarmos perante uma onda de oportunismo. A guerra não pode justificar tudo. É PRECISO BOM SENSO e…FISCALIZAÇÃO. E cada um de nós tem de desempenhar o seu papel não alimentando a e

    MULHERES NA TOPONÍMIA DE COIMBRA Há dias subscrevi, entre dezenas de outras assinaturas, uma solicitação ao Município de Coimbra e à Junta de Freguesia de Eiras no sentido de ser dado o nome de uma rua da cidade a TERESA GRANADO fundadora da Comunidade Juvenil de São Francisco de Assis nesta cidade. Pessoalmente, preferia um grupo escultórico numa das rotundas da cidade com uma “mãe e algumas crianças e jovens pela mão”. Conhecida por Madre Teresa foi, de facto, uma MÃE para várias centenas de crianças e de jovens. Curiosamente, li que em Lisboa há quase duas mil ruas dedicadas a pessoas e apenas 207 estão com um nome de mulher. Há uma desigualdade grande de género na nossa sociedade, até na toponímia. Embora seja de realçar o esforço para um grau de igualdade nalguns setores, na maioria a diferença continua a ser enorme. Saúdo, na memória de Madre Teresa Granado, as Mulheres da nossa cidade. E adianto que desejo ver mais nomes de mulheres na toponímia coimbrã.  

    APITA O COMBOIO… Recentemente equacionei uma viagem de Coimbra para o sul de Espanha de comboio, mas teria de efetuar a deslocação em fases e para não alongar distâncias nem sempre só o comboio. Há um autocarro que faz Lisboa-Sevilha direto em 6 horas: é a rodovia a ganhar terreno. A maioria dos países da nossa União Europeia aposta cada vez mais na via férrea. Nós, recentemente e de forma lenta, estamos a acordar para a necessidade de privilegiar o transporte ferroviário até para contribuirmos para combater as alterações climáticas que sofremos de forma drástica. A desativação de linhas e ramais foi algo abjeto em Portugal. Em meados do século anterior tínhamos cerca de 4300 quilómetros de via férrea e, no presente, ficamo-nos por cerca de 2500 em utilização.   O caminho de ferro estreou-se na Inglaterra em 1825 na onda da Revolução Industrial e no nosso país em 1856 num troço entre Lisboa e o Carregado. Fez um trajeto de progresso, mas tem decaído com a Democracia…o que é e

  TRÊS GRANDES MULHERES: VIEIRA DA SILVA, FRIDA KAHLO e TERESA GRANADO   Estive em Lisboa há pouco tempo a visitar a Exposição PINTURA EM MOVIMENTO de VIEIRA DA SILVA que nos permite refletir, em detalhe, nalguns trabalhos da consagrada artista, em formato digital e com a contemporaneidade do efeito imersivo . É uma experiência para os sentidos adicionando obras da artista desdobradas (e não ouso utilizar a palavra desconstruídas) em curiosos movimentos ao som de música original de Rodrigo Leão. É a primeira exposição do género no país desta artista plástica portuguesa. Tem um impacto visual muito forte. Ficamos imersos no mundo criativo desta talentosa portuguesa que viveu entre 1908 e 1992. Nesta invulgar exposição observamos um diálogo diferente com alguns dos quadros de Maria Helena Vieira da Silva que se encontram numa das salas ao lado daquela que é objeto deste exercício imersivo. Vi esta exposição  no Museu da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva na capital. Ali ao lado,

  “FOGUEIRAS” DE SÃO JOÃO O INESQUECÍVEL MAESTRO E COMPOSITOR JOSÉ ELISEU   “Santo António já se acabou…”. Bom! O São João – rima – ainda não! Talvez seja este o mais divertido em Coimbra, na Figueira, na Lousã e noutras localidades fora da nossa região. Porto e Braga, neste aspeto, marcam pontos e grande festa. Alhos porros, balões e martelinhos. Por Coimbra sempre tivemos um gosto grandioso por dançar e saltar as FOGUEIRAS e, em especial, as FOGUEIRAS DE SÃO JOÃO. Há algumas décadas os conimbricenses saltavam as fogueiras não apenas na ALTA sob MANDADORES consagrados, mas nalguns bairros até periféricos. No Loreto, em Santa Clara, em Celas, em várias zonas da cidade onde se instalava um palanque com uma árvore no meio ou um mastro ao centro e donde saiam ramificações que iam prender em casas vizinhas; ou mesmo só uma simples fogueira para saltar. E dançar. Porque o importante era dançar e dançar de roda. Com mandadores o espetáculo era notável dizendo estes em alta voz e marcan

  TANTOS A OPINAREM QUANDO "A ÚNICA CERTEZA É A INCERTEZA"  .Há um tempo significativo GONÇALO M. TAVARES, numa sua crónica no JORNAL DE LETRAS, explorava a faceta de que com tanta gente a opinar é difícil haver tempo para pensar. Que nos perdoe o ilustre professor e premiado escritor se estamos a deturpar o seu pensamento. Na realidade adotamos o seu “princípio” como meditação antes de alinhavar seja o que for. E pergunto-me: valerá a pena opinar? Não será preferível aproveitar este tempo de opinião para o substituir por um exercício de reflexão? E socorro-me de MANUEL ALEGRE no discurso da cerimónia do seu doutoramento honoris causa na Aula Magna da Universidade de Lisboa: “Vivemos um período em que a única certeza é a incerteza. A História acelerou outra vez. Mas em sentido contrário ”.

  TRAÇADINHO TU, AO CONCLUIRES O ENSINO SUPERIOR, EM COIMBRA, TENS A CAPA DESTRAÇADA E O DESTINO "TRAÇADO": VAIS SER EMPREENDEDOR NESTA CIDADE E CRIAR EMPREGOS     O que é urgente dizer aos muitos licenciados que saem do Ensino Superior em Coimbra? “Meus caros, a cidade não consegue criar empregos para vos dar trabalho”. “Meus caros, a oferta de especialistas é maior do que a procura”. Saem, anualmente, para o mercado, alguns milhares de especialistas, jovens bem preparados, mas que não conseguem emprego em Coimbra e querem ficar por aqui, o que fazer? Um amigo que muito admiro, personalidade benquista e muito atenta ao que se passa na cidade de Coimbra, em recente conversa acerca desta matéria, sugeria: É TEMPO DESTES JOVENS ADOTAREM O RASGO DO EMPREENDEDORISMO E, EM VEZ DE SEREM EMPREGADOS, PASSAREM A SER EMPREENDEDORES/PATRÕES/CRIAREM EMPRESAS E EMPREGOS. Nesta Coimbra, uma cidade essencialmente de serviços e de função pública, FALTA O RASGO DO EMPREENDEDORISMO e é preciso

  TERRÍVEL maio de 2022 EVOCANDO PERDAS DE 2022:  CAMPOS COROA, CARLOS PORTUGAL e CARLOS CIDADE De supetão perdemos em Coimbra, há pouco mais de um ano, três grandes personalidades. Os seus nomes andaram de boca em boca, bocas que se abriram de espanto e desgosto porque há pessoas que nos marcam e a sua partida causa um tremendo abalo e tristeza.  CAMPOS COROA, CARLOS PORTUGAL e CARLOS CIDADE.  Eram figuras públicas, eram personalidades que davam e continuarão a dar identidade a Coimbra. Três conimbricenses ligados ao desporto embora estivessem também noutras áreas: Coroa foi oftalmologista conceituado; Portugal e Cidade foram políticos. Portugal treinador de basquetebol e homem dos rallys liderou o município de Oliveira do Hospital. Carlos Cidade foi vice-presidente do município de Coimbra e teve a pasta do desporto. Foi o grande arquiteto do PS em Coimbra e região nos últimos anos. Os três respiravam Académica e Coimbra a mil por cento e talvez seja pouco: é melhor escrever um

               VAMOS REGRESSAR EM BREVE 10 junho 2023 BOM FERIADO