O BLOG DO SANSÃO COELHO

  O DOCE ACOLHIMENTO DAS ALHADAS  E DE JORGE BUGALHO NAS SERENATAS DO MONDEGO  AO SOM do GRUPO D´ANTO De Anto, de António Nobre, o "poeta mais triste", mas emblema para o Fado de Coimbra, estará na base da inspiração para este nome feliz do jovial Grupo que se apresentou nas ALHADAS com uma SERENATA DO MONDEGO nesta sexta, julho,28 O Grupo de Fados D´Anto integrou a voz de PEDRO SENDIM com a viola de VASCO RODRIGUES e as guitarras de Coimbra dedilhadas com arte por JOÃO DOMINGOS e JOÃO BARREIRINHAS. Nas variações de Paredes suplantaram-se. Foi uma noite de apoteose com um doce acolhimento como quem prova o Bolo das Alhadas. Foi para saborear durante sessenta minutos com uma temática vasta que começou por prestar homenagem à chamada Geração de Ouro de Coimbra (de há cerca de um século) para encerrar com a clássica Balada da Despedida a que a voz de Fernando Machado Soares deu perenidade.  Fatias de classe provadas e aprovadas pelo público presente muito acima das cadeiras disp

    MEDEIA… QUASE INAUDÍVEL MEDEIA de Eurípides foi apresentada na Quinta das Olaias, espaço exterior do Centro de Artes e Espetáculos (CAE), na Figueira, no passado dia 21, pela Companhia de Teatro NOITE BOHEMIA da Corunha. Tratou-se de uma feliz extensão da 24ª edição do FESTIVAL INTERNACIONAL de TEATRO CLÁSSICO ao Campus da Universidade de Coimbra na cidade-praia. A Universidade coimbrã irá ainda dispor de instalações na antiga Central de Camionagem e que foi o antigo e inicial Liceu da Figueira da Foz. Este FESTIVAL DE TEATRO tem levado os grandes temas clássicos e autores ao grande público. Excelente ideia. Fomos assistir. Mas ficámos desiludidos porque foi difícil escutar o enunciado das personagens e protagonistas embora o Coro fosse mais percetivel e audível. Sem microfones, sem amplificação sonora e com um vento a soprar perdeu-se, nalguns pontos, o enunciado já por si difícil com uma companhia galega.  Excelente o desempenho cénico dos participantes, da Medeia, da Ama, do Ped

  NOVAS da ASSOCIAÇÃO DA AMIZADE E DAS ARTES GALEGO PORTUGUESA (AAAGP) A AAAGP deu conta publicamente de que "na estação mais quente é quando não temos mãos a medir com tanta atividade. Não falando do que promovemos no estrangeiro, onde levamos sempre o nome da nossa Figueira, ficamos então apenas pelo que fazemos por cá. Como vem acontecendo desde 2012, no dia 21 deste mês procedemos à entrega de Prémio ao melhor aluno da disciplina de Educação Visual, à aluna do 9ºD da Escola Dr. Pedrosa Veríssimo do Paião - Valéria Tsyurak. Foi entregue pelo poeta Anselmo Simões, membro desta associação. Para além da Biblioteca de Jardim, dinamizada aos sábados pela artista e presidente da AAAGP Conceição Ruiva, contamos estar dia 12 , Dia Internacional da Juventude a apoiar jovens na área da Literatura e da Arte em geral. Dia 24  fomos convidados pela escola de Surf ADMS: ART Experience`23 - Convívio entre artistas com Pintura ao vivo na praia do Cabedelo, onde vamos permanecer  durante todo o

  EM DEFESA DO PATRIMÓNIO Pelo que li, no DIA de PENACOVA, o presidente da Assembleia Municipal, HUMBERTO OLIVEIRA, focou a urgência de ser recuperada a casa onde nasceu ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA, em Vale da Vinha, por forma a completar a rede de espaços museológicos naquele concelho mondeguino. Há bastantes anos que temos sensibilizado, por reportagens e por textos de opinião, para a recuperação do citado imóvel . A data de nascimento deste antigo Presidente da República – e foi o sexto no cargo conseguindo um mandato integral entre 5 de outubro de 1919 e 5 de outubro de 1923 – é o dia de feriado municipal na bela terra de “penhascos e penedias”. ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA foi aluno da Universidade de Coimbra, médico, e como político militou no Partido Evolucionista e, posteriormente, no Partido Liberal Republicano. A sua ação foi importante para o país. A vida profissional e atividade política talvez não tenham permitido um relacionamento regular de António José de Almeida com a terra-mãe

  NA ABERTURA DAS SERENATAS DO MONDEGO 2023 ÊXITO COM A VOZ DE SORAIA CARDOSO Começaram na Figueira da Foz ( a 19 julho 2023) as tradicionais SERENATAS DO MONDEGO cujo objetivo é a divulgação do fado de Lisboa, do fado de Coimbra e da canção coimbrã e, igualmente, a defesa do património do concelho com uma aposta forte na baixa da cidade. E foi na Praça Nova, praça 8 de maio, que decorreu a SERENATA de abertura com a  bela voz  da jovem SORAIA CARDOSO. Participante no The Voice Portugal em 2018, SORAIA CARDOSO, natural de Coimbra, ligada ao vizinho concelho de Condeixa-a-Nova,  integra atualmente, em Lisboa, a casa de fados do SENHOR VINHO. Tem fados próprios, mas aventura-se com êxito pelos grandes temas fadistas ligados a nomes consagrados. Foi acompanhada por JOÃO SILVA na guitarra de fado e por RICARDO SILVA na guitarra portuguesa.  Durante esta SERENATA estiveram a pintar ao vivo artistas da MAGENTA com a presença de FERNANDA FERNANDES e de JOSÉ CARLOS NETO. O vasto público presen

  DIVULGAÇÃO DO NOSSO FADO E DO  PATRIMÓNIO FIGUEIRENSE SERENATAS DO MONDEGO CARTAZ IMPERDÍVEL NA FIGUEIRA, EM JULHO E AGOSTO E GRATUITO    

  ETERNIDADE Vem! Tenho estado à tua espera. Vem! Afinal, foi a ti que me entreguei Desde quando me sou, porque já sei Que queres que me regresse à minha Mãe. Mas ao contrário. O út’ro é mais além. Talvez num outro Céu que imaginei Com versos meus num manto azul de rei. Se eu antes fora mal, agora bem. Não tardes! Vem, pois falta-me a janela, Da qual eu possa ser-me fora dela! Dá-me o tal parapeito pouco firme! Não tenho – vem! – mais páginas em branco. Da Franqueza fui sempre o ser mais franco. – Ó terna Eternidade, vem cumprir-me! ?/?/?                                    Paulo Ilharco SOTAQUE Meus ditos com sotaque a Poesia São lidos por qualquer “entendedura”. Há quem verta uma lágrima, há quem ria, Perante uma tristeza ou amargura. Mesmo assim – me desculpem! – eu diria Que há gente que não vê a arquitectura Da minúcia do Autor que sente e cria Só versos com sabor a Li´tratura. O Vate – Ser exímio em dar descrédito Aos outros “d’ água doce” – é tão inédito, Que faz da Inspiração um

  ILHAVENSE CIDADÃO DO MUNDO   VIEIRA DA SILVA  POETA, CANTOR E HUMANISTA. UM SÍMBOLO DE ABRIL No plano de aniversários acaba de comemorar 77 anos, no último dia 11, uma personalidade histórica da poesia, da música e da medicina. Refiro-me ao DR. ANTÓNIO MANUEL VIEIRA DA SILVA. Natural de Ílhavo. Primeiros versos na adolescência em jornais de Ílhavo e de Aveiro. Em 65 escreve no J UVENIL , suplemento do Diário de Lisboa . Seguem-se publicações na Revista Capa e Batina e na Gazeta do Centro . Já em Coimbra colabora no Círculo de Artes Plásticas. Integra um Grupo de Fados de Coimbra em 68-69. A sua poesia, aliada a uma voz notável, levam-no ao Festival de Música Popular Portuguesa no Casino da Figueira realizado pela Presença Coimbrã em agosto de 69 onde colhe o Primeiro Prémio com o crítico Mário Castrim a presidir ao júri e a elogiá-lo a par da escritora Alice Vieira. Edita o seu primeiro disco com o tema Canção Para Um Povo Triste que veio a ser apreendido pela PIDE. Vanguardista e

  ARRIBA, FADO DE COIMBRA O fado e a canção de Coimbra têm revelado, nos últimos tempos, um dinamismo que é resultante de décadas de dedicação por parte de cantores, instrumentistas e escolas de fado. Adiciono algum trabalho feito por estudiosos, ações a nível municipal e também por diversos operadores no plano da difusão e mediatização. Hoje o FADO DE COIMBRA está perto de conseguir uma omnipresença nos grandes e nos pequenos palcos, alguns mesmo de ocasião. Houve espetáculos credores de insuspeita aceitação e apoteose. É evidente que pela sua peculiaridade há alguns jeitosos que surgem na área a coberto de um público sedento da singularidade deste género e cantam, por exemplo, as velhas e quase gastas, Samaritana e Menino d´Oiro , recebendo fortes aplausos. Se estiverem afinadinhos nada a opor, mas seria bom haver um esforço generalizado na criação e apresentação de novos temas e num profundíssimo respeito pela boa qualidade. Obviamente é desejável que não seja vendido gato por l

SERTÃ, sabor a rosa, dona airosa, gentil louçã Em pleno outono cativou-nos.  A vila da SERTÃ (sabor a rosa, Dona airosa, gentil, louçã) proporciona a quem a visita uma mescla deste outono quente que se vive com as folhas a penderem das árvores na tonalidade castanha amarelada e de uma primavera que já passou, mas ainda emprestada ao olhar pelos floridos canteiros e jardins. Antes do Palácio da Justiça a respirar ar puro na fresca alameda-jardim da Carvalha, bordejando a ribeira, desponta, naquela vila, um trabalho escultórico de VASCO BERARDO dedicado ao enorme ensaísta e professor da cultura greco-latina, Padre MANUEL ANTUNES. Natural da Sertã é um dos grandes portugueses e subiu de forma fulgurante da humildade do lar paterno daquela vila à grandiosidade dos palcos culturais de âmbito internacional. Teve amigos e admiradores como António Sérgio, Vitorino Nemésio, José Régio, Jorge de Sena ou Almada Negreiros que dele disse um dia: ESTE HOMEM É SÓ ESPÍRITO.  Visitei a Sertã  num