O montemorense FERNÃO MENDES PINTO e o veneziano MARCO POLO
FERNÃO MENDES PINTO
E MARCO POLO
Completaram-se, na última terça-feira, 477 anos da partida
do montemorense FERNÃO MENDES PINTO para as suas PEREGRINAÇÕES. Estas ficaram relatadas em
livro com esse título, uma obra fundamental da literatura portuguesa e da
literatura de viagens. Há pouco tempo, o Município de Montemor-o-Velho inseriu,
na nova rotunda ou placa, junto ao Convento dos Anjos, um lugar central do
burgo, um grupo escultórico dedicado a FERNÃO MENDES PINTO. É um trabalho, no inerente ao explorador de Montemor-o-Velho, do
escultor PEDRO FIGUEIREDO de notável qualidade e muito denotativo com a
curiosidade, em nosso entender, de ter fugido a um traço que é peculiar na obra
daquele consagrado e jovem escultor. Vale a pena visitar este grupo escultórico e
conhecer a vida e obra do épico montemorense que aferiu “os seus próprios atos
pelos princípios supremos do verdadeiro e do justo” segundo António Sérgio. Mendes
Pinto está na linha de Marco Polo, embaixador e mercador de Veneza, que viajara,
anteriormente, pela Ásia e em particular pela China deixando relatos das suas
viagens por aquelas paragens. Mendes Pinto que não mentiu, embora com
efabulação à moda da época, foi pródigo em descrever aspetos asiáticos e
particularmente japoneses que hoje são claramente identificáveis. Dois aspetos
que focamos: parece-nos que o grupo escultórico de Fernão Mendes Pinto ficaria
ainda melhor enquadrado por um espelho de água; segundo ponto: será
provavelmente oportuno criar em Montemor-o-Velho uma Associação de Amizade
Montemor-Japão. Aproveito para lembrar que podem ver na Netflix uma série
dedicada às aventuras de Marco Polo.
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