A POESIA DE PAULO ILHARCO: MOLDURA

 




 

MOLDURA

 



Não consigo sair dessa moldura

Em que, Mãe, te sorrio docemente.

Há nela um brilho intenso de candura

Que perdi ao sorrir a toda a gente.

 

Invade-me a tristeza, esta amargura

De não poder ser eu eternamente.

Por isso, Mãe, aceita a minha a jura

De partir ao teu colo ainda quente.

 

Do retrato de infante resta, apenas,

A certeza de olhar p’ra ti, qual Santa

Que embala a dor de quem almeja o fim.

 

Pode a moldura ser das mais pequenas,

Que o retrato lá dentro não se espanta

De tanto Amor escrever Amor por mim!

 

14/11/2021                                 Paulo Ilharco

 

                               



Comentários

Mensagens populares deste blogue

O DOCE ACOLHIMENTO DAS ALHADAS ÀS SERENATAS DO MONDEGO. NOITE "DOCE" COMO O BOLO LOCAL.

DEZ DE AGOSTO, A TEIMOSA, TEM NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS para o biénio 2024 2025

AGUSTINA VIAJA PARA A TERCEIRA COM A COLEÇÃO DE LUÍS ABEL FERREIRA