ÊXITO E HUMOR NO ENCERRAMENTO DAS "SERENATAS DO MONDEGO" NA CIDADE, NO CORAÇÃO DE BUARCOS
S DE SERENATAS...DO MONDEGO
S DE SUCESSO... SEM PRECEDENTES
S DE SORRISOS...LARGOS E AFADISTADOS
FADO COM AMOR E MUITO HUMOR
EM NOITE INESQUECÍVEL
EMANUEL MOURA ENCERROU AS "SERENATAS DO
MONDEGO" NA CIDADE,
NO CORAÇÃO DE BUARCOS
Encerraram, não só a chave de oiro, mas num lugar de ouro, na belíssima e formosa vila de BUARCOS, ao lado do CARAS DIREITAS, as SERENATAS DO MONDEGO, edição de 2021, dentro da cidade. O público voltou a esgotar o recinto - o que não foi difícil face às reduções drásticas de espaço devido às normas sanitárias impostas pelo covid -, e acompanhou o cantor EMANUEL MOURA no seu tom brejeiro de comunicação eficaz, pujante de humor e de muita e boa linguagem vicentina.
Se há uma corrente defensora do FADO
como género da beira-mar, ficou bem enquadrado finalizar as
SERENATAS DO MONDEGO, em Buarcos, junto ao mar, terra de pescadores e cada vez
mais terra turística de eleição. Dali saíram pescadores e marinheiros para
perto e para longe; alguns foram homens guerreiros e de muitos mares que
entraram na aventura transcendente das DESCOBERTAS e NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS a
bordo de caravelas e naus. E se os pescadores-homens foram e são gente trabalhadora
e aguerrida, as mulheres de Buarcos desempenharam e continuam a desempenhar um
papel importantíssimo como salientou - agradecendo às MULHERES DE BUARCOS -, o
Presidente da Câmara Municipal, DR. CARLOS MONTEIRO, presente nesta sessão e
que se deixou também contagiar pelo humor e boa disposição da SERENATA.
TUDO VALE A PENA SE A ALMA (LUSA E DE BUARCOS)
NÃO É PEQUENA
PESSOAS (FABULOSAS) DE BUARCOS
PASSARAM ALÉM DO BOJADOR…E DA DOR
Escreveu Fernando
Pessoa:
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor. (…)”
E foi como se este estímulo pessoano
estivesse sempre ali (TUDO VALE A PENA) que BUARCOS tem-se ultrapassado a
si-próprio para progredir, contemplando a vetustez das suas muralhas que
lhe conferem história grandiloquente, tal como os seus cruzeiros.
O povo de BUARCOS, ao longo dos séculos, viveu muitas vezes de angústias e dores (ó mar salgado quanto do teu sal são lágrimas de Portugal)….Angústias e Dores decorrentes do Mar que é PÃO… mas também, às vezes, é má-sorte…. Por isso justificou-se contrabalançar, nesta sessão, o peso e as lágrimas da História com uma noite de humor e boa disposição através do fado mostrando mais outro subgénero: O FADO HUMORÍSTICO. E se estas SERENATAS foram um êxito porque também foram multidisciplinares através dos vários subgéneros de fado percorridos. Um sucesso sem precedentes.
LÁGRIMAS...DE TANTO RIR. QUE NOITE DE RISO!
Emanuel Moura mostrou um sentido de humor muito especial. Também ele letrista, agarra-se ao fado mais tradicional e castiço, dá-lhe o seu toque irreverente e de boa disposição. Levou o público ao rubro em temas como o FADO DA HOSPEDEIRA, o Fado dos amigos JAQUIM e JOÃO ou o FADO/Canção do PESTARIM. Foi acompanhado, em GUITARRA portuguesa, por JOÃO COELHO; na VIOLA, por JOÃO VIOLA; no BAIXO, por DIMAS VICENTE e na BATERIA, por NUNO FERREIRA
E a presença habitual da MAGENTA com arte ao vivo e a pintura requintada da encantadora e talentosa CÉLIA SILVA que recebeu igualmente justos aplausos de um público notável – talvez o melhor público do mundo porque já é o melhor público da Figueira.
***
À saída houve quem pedisse a repetição desta SERENATA tão breve quanto possível. Pudera! Esta e as outras merecem BIS.
Publicado em 2021/agosto/19
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