"COIMBRA E OS ARTISTAS" ENTRE LAMENTOS E NOVIDADES
Foto: José Ferreira
COIMBRA E OS ARTISTAS ENTRE LAMENTOS E NOVIDADES
A UMA NOVA GALERIA NA SIMÕES DE CASTRO
Convidados: VICTOR COSTA (artista plástico) e PAULO SOARES
(guitarrista). A sessão decorreu na última terça-feira, março,30.
VICTOR COSTA pediu críticos e crítica ativa para a ARTE em
Coimbra e disse que gostaria de ver a atual vereadora da Cultura a frequentar as
freguesias. Evocou o desaparecimento de associações de artistas e da ARCA e
falou de talentosos artistas de Coimbra cujos nomes e obras não devem ser
esquecidos. Anunciou também uma nova galeria a abrir em breve e em novos moldes na Rua Simões de Castro.
PAULO SOARES (JOJÓ) é uma referência na Guitarra de Coimbra (“GUITARRA
EM SI BEMOL”) é atualmente professor de guitarra (professor freelancer
assim se autointitulou) para além de ter editado um livro sobre este
instrumento para o qual não teve apoio a não ser a cedência da Casa da Cultura
para o lançamento da obra. Para JOJÓ a guitarra de Coimbra é um nicho
que ocupa um peso identitário importante, mas o apoio da cidade tem sido
parco. Lembrou os Concertos que fez como solista com a Orquestra Clássica do
Centro, a Escola de Guitarra que implantou nos ANTIGOS ORFEONISTAS e deu a conhecer
que está pronta uma plataforma online dedicada à guitarra de Coimbra e
que a cidade precisa de apostar num ícone como este.
Das várias intervenções, todas importantes pelas diversas e curiosas cambiantes abordadas, destaque para a sugestão de criação de uma REDE CULTURAL EM COIMBRA (Madalena Abreu) a certeza de que “Coimbra gosta cada vez mais de Cultura” (Clara Luxo Correia),”Coimbra fervilha de projetos, mas é preciso criar outras sinergias” (Luís Rodrigues) “temos que ter sustentabilidade para as iniciativas” (José Leandro que falou do esforço de Manuel Rocha em conseguir o Conservatório de Música para Coimbra). Entretanto Manuel Rocha falou de experimentação, disse que temos sempre razões de queixa porque as evoluções da cidade são grandes, que é preciso garantir o ensino formal das artes e que Coimbra não emprega profissionais das artes. Manuel Rocha pediu um maior orçamento do governo central para a cultura que apelidou de ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO DE CIVILIZAÇÃO e que a Baixa precisa de galerias como a do Primeiro de Janeiro que fechou referindo ainda que criar públicos é importante e uma necessidade. Lídia Lobo de Oliveira preconiza trazer, após a pandemia, a cultura para a rua e deu como espaços exemplares a praça do Comércio e a praça da República. Assunção Ataíde, ligada ao Clube de jazz e à APBC, disse desejar juntar a Arte ao Comércio e sugere vários palanques espalhados pela Baixa ao serviço da cultura.
SC
Foto: José Ferreira
2021,março,31
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