ACOMPANHAMOS PAULO ILHARCO EM 30 ANOS DA SUA POESIA "TERNA E ETERNA"

 HOMENAGEM A PAULO ILHARCO - 30 ANOS DE POESIA


PAULO ILHARCO


30 ANOS DE POESIA TERNA E ETERNA


(A POESIA É O SEU ALTAR)




Admiradores da poética de PAULO ILHARCO (um dos mais notáveis do nosso tempo) tomamos a liberdade de inserir a nota que teve a gentileza de nos enviar a qual terá seguido para outros (seus) leitores. Em tempo de efeméride do Professor como POETA e AUTOR (há trinta anos a completar a 28 de abril próximo)  aqui  fica a VÉNIA (terna e eterna) enviada e que, agradecidos, reproduzimos na íntegra:


 VÉNIA


Longe vão os tempos da etiqueta social, balofa e anacrónica. Porém, à luz da Semiótica, convém não cair no olvido todo um sistema, quer de bons costumes, quer de boa educação.

            Actualmente, assiste-se a um conjunto de atropelos éticos e deontológicos, decorrentes, não de um qualquer vírus asiático, senão de um certo laxismo, ao nível de uma conduta órfã de disciplina e rigor, bem como de honra e virtude.

            Não fossem as aprendizagens da História e das histórias, cujo peso cultural o chico-espertismo quer, à viva força, eliminar dos neurónios daqueles que são ávidos do “Querer Mais ”, quiçá a sala de aula não passasse de um mero tubo de ensaio de modernices informáticas, carentes de alicerces de profunda e profícua pedagogia.

            Sempre foi meu lema “não aceitar críticas de quem saiba muito, mas de quem faça melhor”. Por isso mesmo, jamais me desculparia “partir” sem agradecer a quem, em prol dos valores e dos princípios supracitados, colocou a Arte no mais alto pedestal, bem como nas águas agitadas do mar salgado.

            No próximo dia 28 de Abril, fará trinta anos que assisti ao “parto” do meu primeiro livro de Poesia e, sem dar conta, ao início – ou talvez não – de uma longa e sinuosa jornada, com aplausos vindos daqui e apupos de acolá.

            Sempre fui grato às pessoas que me deram a mão, ora prefaciando a minha obra, ora aceitando o meu nome como parte integrante de uma família editorial, ora, ainda, lendo, tão-somente, os versos que iam (e vão) jorrando do tutano da minha alma. Mas não a tantas outras que, travestidas de amizades estonteantes e efémeras, sacudiram os meus “filhos” como se de caspa se tratasse. Porém, olho para elas e nem ombros enxergo para tal poderem concretizar.

            Teria sido bem mais fácil não publicar dez livros!... Todavia, sabendo, por Destino, que os Poetas vieram ao Mundo para incomoDAR, aconteceu-me este “disparate” de querer vingar (não me vingando) a gélida lava que brota do vulcão dos meus seis sentidos. Sim, seis, conquanto o Vate não é, apenas, o ser que escreve versos; é, antes, o parente mais próximo de Deus e que profetiza o Futuro, ao qual lhe foi dado o condão de poder voar até com as asas recolhidas.

            Obrigado, pois, a todos quantos me permitem a ousadia de poder continuar a oferecer, a mim mesmo, esta estranha vaidade de gravar na pedra, que é a Imensidão da folha em branco, a minha terna e eterna VÉNIA!                                             

Paulo Ilharco


Capa do último livro "EXÍLIO - POEMA DE MIM-OUTRO" de PAULO ILHARCO, Edições                      MINERVACOIMBRA lançado em junho de 2019 no EDIFÍCIO CHIADO, em Coimbra.
Obs: respeitámos a opção de PAULO ILHARCO em não seguir as normas do novo acordo ortográfico                    
                                           

                                                           *********************************                                                  
                                                                                                                     2021,FEVEREIRO,28

Entre em: oblogdosansao.blogspot.com

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