PLANO DE RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA (PRR) - "ALERTA MÁXIMO" EM COIMBRA E FIGUEIRA DA FOZ
DE RECUPERAÇÃO E
RESILIÊNCIA (PRR)
Em junho passado no jornal O DESPERTAR de COIMBRA escrevemos o seguinte em Texto de Opinião e para o qual rogo a vossa leitura:
"1.Há um tempo significativo GONÇALO M. TAVARES, numa sua
crónica no JORNAL DE LETRAS, explorava a faceta de que com tanta gente a opinar
é difícil haver tempo para pensar. Que nos perdoe o ilustre professor e
premiado escritor se estamos a deturpar o seu pensamento. Na realidade adotamos
o seu “princípio” como meditação antes de alinhavar seja o que for. E
pergunto-me: valerá a pena opinar? Não será preferível aproveitar este tempo de
opinião para o substituir por um exercício de reflexão? E socorro-me de MANUEL
ALEGRE no discurso da cerimónia do seu doutoramento honoris causa na
Aula Magna da Universidade de Lisboa: “Vivemos um período em que a única
certeza é a incerteza. A História acelerou outra vez. Mas em sentido contrário”.
2. De 2018 para 2020, num espaço breve de dois anos, cada vez é mais certa a INCERTEZA. Agora a covid-19 veio sedimentar incertezas sendo que o país e o mundo sofrem um brutal colapso económico e social. Por cá já temos uma VISÃO ESTRATÉGICA PARA O PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL DE PORTUGAL 2020-2030. A ver vamos!
Li com alguma avidez as cento e vinte páginas.
O plano indica que “é preciso descentralizar o crescimento e DESCENTRALIZAR
O PAÍS”. Apela, dentre outras propostas, à transição verde, ao digital,
aumento das qualificações dos portugueses, transformação da economia, soft
power (permitam-me considerar como persuasão e habilidade na política para
influenciar comportamentos), apostar na ferrovia, na reindustrialização, melhorar a justiça. Aponta-se para um projeto de investimentos para as áreas
metropolitanas de Lisboa e Porto como duas macrorregiões. Preconiza clusters
tecnológicos regionais em várias cidades de norte a sul com a mesma competitividade
sugerida para Lisboa e Porto. Proclama também as médias cidades. Recordo, a
esse propósito, que COIMBRA é uma média cidade, mais à escala portuguesa do que
num plano europeu e, por isso, no nosso entender, é inadiável fazer a campanha
para termos 250 a 300 mil habitantes. Além de que para nós a REGIONALIZAÇÃO do
país é fundamental e está atrasada.
3. O plano ANTÓNIO COSTA E SILVA podia ter refletido com
algum detalhe sobre o papel de Coimbra como cidade polarizadora, na Região
Centro ou das Beiras, de outras cidades que deviam “trabalhar” numa relação
forte (em rede) com a urbe coimbrã: o que não parece estar nesta “Visão”. Como
exemplo, não se pode esquecer o forte cluster da SAÚDE em Coimbra servido por
eméritos profissionais reconhecidos internacionalmente. Às vezes sucede que nos
esquecemos do que há de bom por aqui. Volto a citar MANUEL ALEGRE: “O esquecimento
está outra vez a vencer a memória”. Sendo assim: PENSEMOS."
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Há dias, MANUEL MACHADO, o presidente da edilidade coimbrã, sempre atento a estas matérias, veio referir que FICARIA BEM MAIS SATISFEITO E SOSSEGADO SE O PLANO DE RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA(PRR) IDENTIFICASSE COMO INVESTIMENTOS PRIORITÁRIOS A NOVA MATERNIDADE DE COIMBRA E A REQUALIFICAÇÃO DO HOSPITAL DOS COVÕES. Admirou-se por o PRR no setor social (eliminar bolsas de pobreza) não estarem previstos investimentos em várias áreas do país a não ser para Lisboa e Porto. Lamentou não se avançar no IP3 COIMBRA-VISEU EM AUTOESTRADA e não haver verbas para o novo CENTRO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE COIMBRA nem para a CASA DA CANÇÃO E DO FADO DE COIMBRA.
Alargando um pouco mais perguntamos também o que é que, afinal, está enunciado para melhorar o Porto da Figueira da Foz?
Estamos a pensar e a opinar: INCERTEZAS OU A CERTEZA DE QUE ESTÃO A MINIMIZAR A IMPORTÂNCIA DE COIMBRA E DA REGIÃO CENTRO? É preciso lançarmos um GRITO DE ALERTA E JÁ. Estas macrocefalias de Lisboa e Porto não devem continuar se pretendemos um progresso harmonioso do nosso Portugal,
Sansão Coelho
2021.FEVEREIRO.26
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N.R. - Já depois deste texto de ontem, dia 26, verificámos que, felizmente, dentro da REGIÃO CENTRO, outras vozes se levantam em alerta para o PLANO DE RECUPERAÇÃO do país.
É absurdo verificar o quanto são alegadamente esquecidos projetos FUNDAMENTAIS para desenvolver a nossa região.
Aqui próximo temos o PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ que tem de merecer mais atenção e mais investimento; a REQUALIFICAÇÃO COM ELETRIFICAÇÃO DA LINHA DO OESTE até ao Rossio com os drs. Teotónio Cavaco e Pedro Machado a exporem os seus pontos de vista reivindicativos e, na Assembleia Municipal Figueirense, TEO CAVACO e JOÃO PORTUGAL a subscreverem este ponto de vista com UNANIMIDADE.
FALTA TAMBÉM UMA POSIÇÃO INEQUÍVOCA PARA O FUTURO AEROPORTO DA NOSSA REGIÃO. Hoje o transporte aéreo é indissociável do progresso.
VAMOS PROCURAR ELENCAR NESTE BLOG AS REIVINDICAÇÕES QUE NÃO SURGEM INSCRITAS NO "PLANO". O que nos parece é que temos cada vez MAIS LISBOA e MAIS PORTO e urge uma posição enérgica neste âmbito. A Região de Coimbra tem de ser colocada em pé de igualdade com as áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa.
TODOS ATENTOS NA REGIÃO CENTRO E VAMOS COMEÇAR A ELENCAR O "QUE FAZ FALTA" e não é só "avisar a Malta" , é evitar que remetam ainda mais para o esquecimento a Região de Coimbra e o Centro de Portugal.
O tempo é de vigilância profícua.
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2021fevereiro.27
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