LEMBRAR A ATRIZ MARIA OLGUIM

 T - TEATRO E CINEMA



ATRIZ MARIA OLGUIM: O PAÍS NÃO A PODE  ESQUECER

 

 Iniciou-se na Figueira no Teatro Amador e como Costureira na Figueira

Costureirinha e Pobre Morreu Naquela Cidade-Praia


Completam-se no próximo dia 1 (primeiro de janeiro de 2021) trinta e sete anos sobre a morte da atriz MARIA OLGUIM. Nasceu para o teatro na FIGUEIRA DA FOZ e naquela "cidade-TEATRAL" veio a falecer. Não obstante ter sido um DAMA DE REFERÊNCIA no CINEMA e no TEATRO - e até no início da RTP nalgumas peças e séries então transmitidas pela estação pública -, MARIA OLGUIM experimentou dificuldades económicas no final da sua vida a qual daria um interessante filme. Começou como costureira e como costureira veio a falecer depois de algumas décadas como atriz de renome a integrar a Década de Oiro do Cinema Português. MARIA OLGUIM foi um caso notável de talento, de persistência, de desistência forçada e angustiada após ter participado em vários filmes, revistas e peças teatrais com enorme sucesso. Às escondidas da prepotência paternal começou a fazer teatro amador na Naval 1º de Maio e na Sociedade Filarmónica Dez de Agosto da Figueira. O pai, no entanto, rendeu-se à sua vocação. Foi para o Porto e aí recebeu um convite de Leitão de Barros para fazer cinema já depois do êxito que alcançava no teatro e na revista em concreto na TIRO AO ALVO. Inesperadamente substituiu, em apoteose, Cremilda de Oliveira, a cuja Companhia pertenceu tendo passado também pela Alves da Cunha e ainda trabalhou com Vasco Morgado. Foi homenageada em Lisboa como Grande Oficial da Ordem de Benemerência. Destaque para a sua participação em filmes como ALA-ARRIBA, COSTA DO CASTELO, A MENINA DA RÁDIO, CRIME DA ALDEIA VELHA, MANHÃ SUBMERSA dentre quatro dezenas de títulos. Trabalhou com cineastas de várias nacionalidades que aplaudiram as suas qualidades. Mas a sua vida, além do palco, não foi fácil e a costureirinha da Figueira que nasceu em Castelo Branco em 1894 viria a falecer na terra que a seduziu para o Teatro em 1984 onde voltou à costura com proveta idade e com efetivas dificuldades económicas. Apesar de muitos êxitos o teatro não lhe pagou em vida. A Figueira jamais a esquecerá e está evocada na toponímia local. Acrescente-se que foi enfermeira na Primeira Guerra Mundial e que também teve de lidar com a PESTE DE 1918. De máscara. 

O ESPETÁCULO EM PORTUGAL NUNCA FOI RICO…POR BAIXO DAS VÁRIAS "MÁSCARAS" NEM SEMPRE HÁ SORRISOS EMBORA SE OIÇAM  JUSTOS APLAUSOS.

 De: O Despertar

2020,dezembro,19

 

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