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A mostrar mensagens de julho, 2024

CASA-MUSEU ARISTIDES DE SOUSA MENDES

  CASA-MUSEU  ARISTIDES DE SOUSA MENDES Logo após o 25 de abril recebi vários contatos alertando para o estado de quase ruína em que se encontrava a casa onde morou, em CABANAS DE VIRIATO, um dos maiores humanistas dos nossos tempos: ARISTIDES DE SOUSA MENDES. Procurei divulgar a situação nos média a que estava ligado, mas houve um longo período até que fosse consagrado pelas gerações do presente o seu nome, vida e obra de profundo altruísmo. Estudos, ensaios, livros, filmes apareceram, recentemente, a narrar os feitos humanistas de ARISTIDES SOUSA MENDES. Há alguns anos, ligado ao ROTARY CLUB DE COIMBRA, houve a oportunidade de confraternizar com o clube irmão de Bordéus naquela cidade francesa e dinamizou-se a onda de reconhecimento do que fez o nobre cônsul português até ao arrepio das ordens de Salazar dando vistos em catadupa, num esforço pessoal hercúleo para salvar das garras nazis milhares de cidadãos. Fizemos, na ocasião, uma homenagem simbólica junto à estátua de ARISTIDES

VITOR ALMEIDA E SILVA - EU TE CANTO COIMBRA SEM IDADE

  VITOR ALMEIDA E SILVA   CANTOR DE COIMBRA SEM  IDADE EU TE CANTO COIMBRA SEM IDADE – e aquela voz macia e timbrada entre o aveludado e a afetividade parecia ter estado sempre destinada a cantar Coimbra. Evoco VÍTOR ALMEIDA E SILVA , cantor com alma de Coimbra, que faleceu no início desta semana. Estudou na Faculdade de Economia do Porto e vivia como atual empresário na zona de Aveiro, mas projetava na voz uma sentimentalidade interpretativa coimbrã que passou a ser uma identidade e uma referência. Ganhou projeção em programas televisivos de revelações a seguir as linhas de ZECA e de ADRIANO, mas gravou inéditos como o celebérrimo CANTO A COIMBRA que musicou sobre um bem conseguido poema de AURELINO COSTA esse diseur que diz a poética de Coimbra em tom vibrante e másculo. Ambos fizeram magia na música com este tema que tive o privilégio de estrear, se não estou em erro ou, no mínimo, divulgar, abundantemente, na rádio. Calou-se a voz ao vivo, mas ficam as gravações, para recordar

UM ADEUS A FAUSTO O CANTOR DA PEREGRINAÇÃO

  FAUSTO ZARPOU CANTOR DA PEREGRINAÇÃO NOME CIMEIRO DA MÚSICA PORTUGUESA FAUSTO BORDALO DIAS era um dos maiores cantores e compositores do nosso país. A sua obra discográfica ficará para se eternizar pela qualidade e pelos rasgos pensados de portugalidade. Dentre toda a sua vasta produção recordo hoje, como homenagem a quem zarpou no início desta semana, o álbum POR ESTE RIO ACIMA . A obra baseia-se na PEREGRINAÇÃO de FERNÃO MENDES PINTO, natural de Montemor-o-Velho e que agora tem um grupo escultórico em sua homenagem, naquela vila, junto ao Convento dos Anjos. Tenho de vos contar, leitores, que o FAUSTO nos concedeu o privilégio de estrear, radiofonicamente, a obra referida, no programa SABATINA que nos inícios dos anos oitenta apresentámos na RDP de Coimbra para emissão nacional, aos sábados de manhã. O Xico Amaral fez a dissecação do álbum e, FAUSTO, em estúdio, dialogou connosco e com alguns ouvintes. A tarde desse dia foi passada em minha casa com alguns colegas da rádio e co

ENCHER OS CORAÇÕES COM COIMBRA

  COIMBRA EM FESTA   ENCHER OS CORAÇÕES COM COIMBRA   Ler Miguel Torga é ler COIMBRA e o país. Ler VASCO PEREIRA DA COSTA é ler COIMBRA através das ilhas. Pensar em COIMBRA com o coração pode ser evocar MANUEL ANTUNES. Pensar melhor saúde em COIMBRA e defender o Hospital dos Covões é falar de COSTA ALMEIDA ou de RUI PATO. Evocar os amores de Pedro e Inês, e defender a causa Portugal, é ter por cenário COIMBRA. Escutar música clássica em COIMBRA é ouvir a ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO. Incursões mágicas em COIMBRA é descobrir LUÍS DE MATOS. Gostar de alguém daqui até ao fim do mundo, em COIMBRA, pode ser ouvir uma música de ANDRÉ SARDET. Pensar COIMBRA, através de grandes no futebol, é evocar os Irmãos CAMPOS ou MANUEL ANTÓNIO que conquistou uma Bola de Prata pela Académica para além da sua faceta de referência no Instituto Português de Oncologia. Pintar COIMBRA pode ser com assinatura de MANOEL OLIVEIRA, MÁRIO SILVA, PEDRO OLAYO, CÍRCULO DE ARTES PLÁSTICAS e tantos, tantos mais nu

NOVO LIVRO DE JORGE CRAVO "SOBRE A CANÇÃO DE COIMBRA..."

  NOVO LIVRO DE JORGE CRAVO Título: SOBRE A CANÇÃO DE COIMBRA… SOBRE A CANÇÃO DE COIMBRA…do Dr. JORGE CRAVO é uma tríade cruzando ensaio, reflexão e narração deste género musical, um livro recente que RECOMENDO. Ainda não o li por completo embora esteja ávido por o fazer. Tudo o que sai da voz e da escrita de JORGE CRAVO é de uma enormíssima qualidade. Defensor efetivo da nomenclatura CANÇÃO DE COIMBRA, o autor, historiador e cantor, envolto nesta área musical desde os anos 80, explica, num preâmbulo, que os conceitos ou textos inseridos podem ter sido objeto de divulgação parcial em anteriores comunicações e palestras pretendendo, agora, ao que se deteta, uma espécie de reatualização ou recuperação de ideias. E quais são os três temas ou principais articulados deste livro, edição do Município? São “A individualização da Canção de Coimbra no imaginário musical conimbricense”; o segundo é dedicado à Guitarra de Coimbra; e o terceiro tem por título “Geração dos Anos 80: a Geração do Re

MORREU ARMANDO CARVALHÊDA E “VIVA A MÚSICA” PORTUGUESA

  MORREU ARMANDO CARVALHÊDA E “VIVA A MÚSICA” PORTUGUESA   ARMANDO CARVALHÊDA faleceu ao princípio desta semana em Lisboa. Era um bom companheiro das lides radiofónicas que se iniciou no serviço público de rádio, em Coimbra, no antigo Emissor Regional. Após cumprir, na Guiné, o serviço militar com colaboração no programa das Forças Armadas, naquela antiga colónia, procurou ingressar na Emissora Nacional, mas só havia vaga em Coimbra para onde veio tendo morado em Celas no prédio do ARCO BAR e participado nalgumas tertúlias de inquietude no café TRIANON na rua Nicolau Chanterenne. Encontrei neste companheiro uma personalidade de fino trato daqueles que efetuavam o beija mão às senhoras e um apaixonado pela rádio e pela boa música – ENFERMIDADE minha e dele. Sempre que possível visitava os pais em Setúbal talvez trauteando canções dos Beatles e dos Rolling Stones, bandas que privilegiava sem beliscar uma sentida atenção para com a música portuguesa. Os tempos foram conturbados, na se